Não deveria ser nenhuma surpresa para quem acompanha notícias de economia. Mesmo para quem acompanha o desenvolvimento dos números da audiência do meio nos últimos anos - "A soma das classes C, D e E já supera as classes A e B em número de pessoas com acesso", informou o Ibope em uma apresentação feita ontem em São Paulo. Assim como acontece em relação à renda, também na internet as classes A e B estão sendo ultrapassadas. De acordo com o Ibope, mais da metade das pessoas com acesso à internet, em regiões metropolitanas, são das classes C, D e E. A diferença ainda é pequena - CDE somam 51,6% e AB somam 48,4%, mas pelo gráfico mais abaixo é possível ver a mudança que está ocorrendo desde 2007. E o universo do qual a pesquisa está falando chega hoje a 66,3 milhões de usuários que usam a rede em casa, no trabalho ou em locais públicos. Mas o que isso quer dizer?
- Quer dizer que a cara da internet brasileira está mudando e quem produz conteúdo ou quem cuida da comunicação online das marcas precisa, no mínimo, reconhecer isso. Não me espantaria se, em pouco tempo, começarem a aparecer agências de publicidade especificamente online especializadas na classe C.
- E o que mais dizem os números do Ibope? Que na classe A, 14% acessam a internet usando o celular (6% na classe B, 2% na C e 1% na DE). O acesso mobile (por celular, pda ou smartphone) serve primeiramente para receber e enviar emails (27%), depois para ler notícias (23%). O ecommerce aparece no fim da lista, com 4%.
- Sejam usuários da classe A, C ou E, o fato é que são 66,3 milhões de pessoas (com mais de 10 anos), um grupo quantitativamente respeitável, não é mesmo? E, no entanto, embora tenha crescido 14% em relação a 2008, a internet representou apenas 2,8% do total dos investimentos publicitários em 2009.
Fonte: Blue Bus
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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