terça-feira, 18 de maio de 2010

O maior dos mercados emergentes

Com 12 trilhões de dólares despejados na economia em 2009 - mais do que a soma das economias do celebrado Bric, as mulheres são o maior mercado emergente do mundo.

Uma recente pesquisa elaborada pela consultoria Boston Consulting Group (BCG) mostra que, nos próximos cinco anos, a renda feminina mundial deverá receber um incremento de 5 trilhões de dólares, chegando a 18 trilhões - mais do que a soma do produto interno bruto de Brasil, Rússia, Índia e China, o tão celebrado Bric. "Trata-se do maior mercado emergente de todos os tempos. As mulheres vão liderar o mundo pós-crise", diz a americana Kate Sayre, uma das autoras do estudo. "De meras coadjuvantes na economia, elas se converteram na maior esperança de crescimento para diversos países.

Até hoje, as mulheres eram vistas basicamente como "influenciadoras" das decisões de compra - sobretudo como donas de casa que ajudam a administrar o orçamento familiar. "O que está em discussão, agora, não é tanto sua capacidade de convencimento", diz Sayre. "Mas quanto dinheiro elas podem ganhar e injetar na economia." A julgar pelo desempenho dos últimos anos, essa injeção será fortíssima.

No que elas gastam

As brasileiras consumiram quase 800 bilhões de reais em 2009. Veja os principais setores beneficiados... (em bilhões de reais):


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De acordo com a pesquisa do BCG, a massa salarial feminina mundial tem crescido em média 8% ao ano desde 2003 - ante um aumento de 5,8% nos ganhos dos homens. Com isso, a previsão é que a quantia controlada pelas mulheres e destinada ao consumo em todo o mundo deverá ultrapassar 20 trilhões de dólares em 2015, ante os 12 trilhões atuais. Para efeito de comparação: a massa salarial global masculina é, hoje, de 23,4 trilhões de dólares.

Um estudo realizado pelo instituto de pesquisa brasileiro Sophia Mind, do site Bolsa de Mulher, dá uma ideia do potencial do mercado formado por mulheres no Brasil. Dos quase 2 trilhões de reais destinados ao consumo em 2009, as mulheres responderam por 1,3 trilhão - desses, 800 bilhões vieram na forma de consumo direto e o restante contou com a influência delas. Mulheres já são grande parte dos mercados de carros, apartamentos, educação e saúde, para ficar em apenas alguns exemplos. "O poder de compra dessas consumidoras será, sem dúvida, um dos grandes caminhos para o crescimento do mercado brasileiro", diz Andiara Petterle, presidente do site Bolsa de Mulher e coordenadora da pesquisa.

...e a participação feminina no consumo total desses produtos e serviços:



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Um estudo do banco Goldman Sachs estima que a redução da diferença salarial entre homens e mulheres somada ao ingresso de aproximadamente 150 000 brasileiras por ano no mercado de trabalho deverá elevar o PIB do Brasil em quase 1 ponto percentual por ano até 2013 - algo em torno de 100 bilhões de reais.

Embora o avanço do mercado feminino possa ser verificado em todos os segmentos da sociedade, é na pujante classe C que ele aparece de forma mais evidente. Um recente estudo elaborado pelo instituto de pesquisa Data Popular mostra que, na classe A, as mulheres são responsáveis por apenas 25% do total da renda familiar - ao passo que, na base da pirâmide, essa participação chega a 41%. Isso acontece porque, nesse estrato social, há um maior número de mulheres que se tornaram chefes de família. "A igualdade salarial deve chegar primeiro à baixa renda", diz Renato Meirelles, diretor do Data Popular e coordenador da pesquisa.

Veja mais dados dessa pesquisa na Revista Exame.
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sexta-feira, 7 de maio de 2010

FGV: consumidor gastará mais com presentes para mãe

Este ano, uma fatia maior de consumidores está disposta a gastar mais com presentes para o Dia das Mães do que na mesma data em 2009. É o que revelou nesta quinta-feira(06) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao divulgar levantamento especial sobre intenção de compras para o Dia das Mães, com base nos dados da Sondagem das Expectativas do Consumidor de abril. Segundo a pesquisa, realizada em mais de dois mil domicílios de sete capitais, entre os dias 1 e 20 de abril, 14,4% dos entrevistados informaram que pretendem ampliar as despesas com presentes. No ano passado, somente 9,7% dos pesquisados estavam dispostos a aumentar o gasto.

Ainda segundo a pesquisa, 66% dos entrevistados planejam gastar este ano o mesmo valor do ano passado com presentes para o Dia das Mães. Em 2009, a fatia de pesquisados que pretendiam gastar o mesmo montante era de 57,4%. Já a parcela daqueles que pretendem economizar caiu. Em 2010, 19,6% pretendem gastar menos que em 2009 com presentes. Em 2009, 32,9% dos entrevistados responderam que encolheriam o gasto com relação ao ano anterior.

A maioria dos pesquisados (58,8%) pretende gastar mais de R$ 50 reais no presente. Entre os presentes mais citados estão roupas e acessórios, que foram lembrados por 47,17% dos entrevistados, perfumes e cosméticos (12,1%), eletrodomésticos e eletroeletrônicos (11,6%), calçados (8,6%), livros e CDs (2,1%) e outros (17,9%).

De acordo com outra pesquisa da FGV sobre produtos e serviços mais procurados para o Dia das Mães, a variação média de preços de itens relacionados à data está abaixo da média da inflação do período. A elevação média de preços de dez produtos e serviços procurados como presentes para as mães acumulou taxa 4,12% em 12 meses até abril. No mesmo período, a inflação média medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR) foi de 5,72%.

Fonte: Diário do Nordeste
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